Dá licença pra chegar irmão, na situação
A enciclopédia aqui é escrita na comunicação
Dos verdadeiros por aqui, sou mais um elo somando
Respeitando a nata, nessa levada vou desenrolando
Aqui maquinando, é massa cinzenta trampando devagar e sempre
É kick, é clap, é caixa no trap, é o rap, dá o mic e prepara a mente
Logicamente, ao meu modo, satisfatório pra muitos, nem tanto pra alguns
E pros que condena, que é brabo na cena, minha linha depena e degola mais um!
No verbo pesado é que eu chego (hoo!), é sem simpatia e não pede arrego
Sem eira e nem beira, atravessa fonteira, se é mente vazia, te tira o sossego
E é sem apego, aqui o trampo não para, a firma é esperta
E das metas, uma realizada: Os que não acreditava tão de boca aberta
Não tenho todo tempo do mundo, resumo o tempo todo no fútil
Descubro o tempo perdido com o tempo assumo
Que o tempo que tenho revejo o mundo ainda mais fútil
Em cubo segundos passado futuro presente obscuro primeiro ou último
Quem somos com o tempo tornamos pequenos ou grandes
Em termos astutos ou ingênuo
Não vejo problema de dar esse tempo
Pra ser com o tempo um homem sem tempo que o mundo tortura
Procura a culpa no tempo passado discurso perdido com o tempo!
Meu tempo que resta
Prometo pro mundo será meu discurso ter tempo pra tudo
Mesmo que o tempo não tenha mais tempo para escrever meu futuro
Chego na fita pedindo licença na cena
Licença lírica
Estratégia de sobrevivência, um dilema
Aprendizagem empírica
Truta, segura a rajada no bangue!
Nossa alma é a levada, sangue no flow, plow!
Carregado de lágrimas
Hey, de tempos em tempos
Surge um momento, e se desatento
É sem massagem, o verbo, a linguagem
Feito papel vão embora com o vento
Me reinvento, a cada tormento
É uma nova possibilidade o que julgam de ser impossível
Faço o possível torno realidade
Se o rap é pesado tô licenciado, no flow aprovado
Não apavorado, maquino na mente
Não magicamente, tô liricamente possibilitado
Requisitado, se for é sem respaldo, poeticamente falando
No que for eu tô ligado, entrosado, engajado
Não enganjado, (haha), esse eu lírico
Nos versos empíricos é embaçado
Tô dizendo, só vai vendo aliado (vai vendo aliado)
Desde os meus primórdios, com amor ou com ódio
Em versos surgiam expressões artísticas
Quando calmo, versava o amor, e encerrava mais um episódio
Epifanias, devaneios, por aqui se espalhava, e corria o relógio
E se a espuma exalava, ai ver que era raiva e não bicarbonato de sódio!
Na licença lírica eu chego, a ocasião vira o momento nego!
Emocionalmente racional, rimando o que vem, sem apego
Desamparado maltrapilho, sem que um dia se imaginasse
Que aqueles pensamentos presos viriam a ser um rap de alta classe
E o som sujo aqui é de coração
Não de enfeite, mas pra ser exposto
É o que me motiva, mantém a ideia viva e o sorriso no rosto
Diversificando, versificando eu cheguei e assim me despeço
Poeticamente, corri sua mente em forma de verso